A Floresta

Atendem pelo mesmo nome e partilham o mesmo endereço, numa urbanização de vivendas de Almancil, mas A Floresta a que nos referimos é o restaurante e não o aparthotel. Desfeito o equívoco, e apesar de estarmos numa zona muito turística do Algarve, esta casa atrai mais de 80 por cento de clientela portuguesa, o que é obra.

A razão de tal preferência deve-se, em grande parte, à nova gestão de Rui Gonçalves, responsável pela sala, e de Hernâni Teixeira, à frente da cozinha. Os dois sócios oriundos da serra algarvia, onde tiveram o seu primeiro restaurante, decidiram tentar aqui a sua sorte. Com eles veio também boa parte da freguesia (40 a 50 por cento) que já conhecia os seus acepipes — o segredo pode estar no mote “o nosso tempero é o amor”. A sala, com diferentes recantos e níveis de profundidade, é grande o suficiente para acomodar as famílias e os grupos mais numerosos, mas assim o bom tempo o permita e o mais certo será ver a grande maioria a eleger o terraço desafogado, cercado por arbustos floridos.

Da cozinha saem entradas como camarão Guilho, amêijoas à Bulhão Pato, queijinhos ou presunto de porco preto, havendo quem venha de propósito por conta do peixe grelhado (robalo, corvina, garoupa…), das massas e arrozes (tamboril, camarão, lulas, peixe) e, como não, da cataplana de peixe para duas pessoas.

Não que a carne seja aqui descurada; muito pelo contrário, aliás: bifes, frango grelhado, costeletas de borrego, porco preto ou espetadas fazem parte da oferta diária. Por encomenda, pratos que exigem maior preparação como o arroz de lingueirão, o peixe ou o cabrito assados no forno e ainda o típico xerém algarvio com berbigão. E não vá embora sem provar um dos doces da casa.