Mr. Binho

Clebson Vidal, natural de Arraial d’Ajuda, na Bahia, veio para Portugal em 2006, depois de aprender o ofício de sushiman, de passar pelo Club Med Brasil e de ter viajado, mas a cozinha (com base tradicional) faz parte da sua vida desde os 15 anos de idade. Há 10 anos, mais coisa menos coisa, estabeleceu-se em Matosinhos em nome próprio: é que o Mr. Binho, ao contrário do que imaginamos, não se trata de uma alusão ao hábito de trocar os v’s pelos b’s a Norte, mas sim do diminuitivo do diminuitivo CleBinho; o mister veio de uma antiga gerente que o gostava de tratar assim.

O Mr. Binho, espaço por excelência conhecido pelo sushi free style (mas que vai muito além do chamado “sushi de fusão”) que hoje vemos é um upgrade da casa ao lado, onde esteve por 9 anos (e que Clebson quer transformar em bistrô luso-baiano em homenagem à mãe), e cuja decoração caprichada foi toda pensada por si. Aliás, o cuidado com a imagem, que se estende à apresentação dos pratos, tanto que o atual logotipo (que quer dizer destino-boa sorte) foi escolhido por si há mais de 14 anos. Com uma clientela leal a Norte (são 80 por cento), quem vem amiúde já chega com os seus pedidos de eleição (os gunkans são um sucesso, e lindos à vista), mas quem vem pela primeira vez, por regra, deixa-se convencer pelo menú de degustação — que pode ser inclusive vegetariano!. São muitas as criações  da casa, que nascem do seu gosto em combinar ingredientes (por exemplo: o seu Romeu e Julieta é servido quente com salmão, além da goiabada e queijo da praxe, numa campânula envolta em fumo de casca de laranjeira), texturas e de explorar as várias possibilidades da cozinha japonesa.