Taberna Do Lopes

A primeira taberna, que na realidade está mais para steakhouse e bistrô, abriu em Guimarães em 2016 até que, em 2020, se mudou para Lisboa e, mais tarde, também para Santo António do Tojal (Loures), com direito a indicação no guia Michelin. O denominador comum a todos os espaços é o empresário Carlos Lopes, que conhece como poucos o negócio das carnes maturadas de raças autóctones — aliás, para além da casa própria, ele fornece alguns dos melhores restaurantes carnívoros da Península ibérica.

Instalada num pequeno prédio de dois andares ao Rato, a Taberna do Lopes faz desde logo jus ao epíteto de “Santuário da Carne” ao dedicar boa parte do rés-do-chão a uma montra frigorífica onde se preservam e afinam até à perfeição lombos inteiros de bovinos cuja maturação começa nos 30 dias. O restaurante propriamente dito, com capacidade para cerca de 40 pessoas distribuídas entre a sala principal (mais elegante) e o jardim de inverno (mais informal, daí ser a preferido de famílias e grupos), está reservado ao primeiro andar (First Floor, o nome diz tudo), onde é igualmente possível ir acompanhado, em tempo real, o corte das carne e a grelha de brasas.

A escolha das cervejas Mahou e da água Solan de Cabras remete-nos para a vizinha Espanha, mas, quer ao almoço quer ao jantar, a grande maioria dos pratos apresenta um forte pendor de cariz regional: bacalhau, polvo, pato, croquetes, arrozes (o de grelos, nos acompanhamentos, é um dos seus grandes cartões de visita).

De segunda a sexta, o menu executivo ao almoço sai por 21 euros por pessoa e inclui couvert, três opções de prato (costeletão, vazia ou T-Bone) , dois acompanhamentos, bebida e café, mas pode comer-se, claro, à carta. Para o jantar ficam reservados, em porções maiores, estrelas como o wagyu, a carne arouquesa com 120 dias de maturação, o entrecosto com 35 dias ou o costeletão frízia com 60 dias, além dos bacalhaus, do polvo e de entradas como o tutano de boi, o tártaro de carne premium, os ovos rotos com Cecina ou o presunto 5 Jotas.

Cervejas à parte, e Alhambra faz bonito com algumas carnes, há boa escolha de vinho, mas quem não quiser gastar muito dinheiro numa garrafa sai bem servido com o da casa, o Titular do Dão. A encerrar, sobremesas como o leite creme, o doce da casa (mousse de lima na base), a mousse com crumbles ou cheesecake não deixam amargo de boca.